terça-feira, 3 de julho de 2012



é frustrante pensar em nós. pensar que nunca desisti de ti, que sempre te pus á minha frente, e que mesmo assim tu falhaste. é assustador pensar em tudo o que ja passei por ti, daquilo que ja te protegi, os sorrisos que ja te arranquei. pensar em toda a nossa historia e perceber o que me fizeste. perceber que me arrancaste o coração sem piedade, mas que continuas á espera que eu to ofereça. tu destruíste me. gelaste me. brincaste tanto comigo, que cansei de ser brinquedo, e comecei a brincar com os outros. eu já não me deixo magoar, só sei magoar. e arrancaste toda a inocencia que havia em mim. deixei de acreditar em finais felizes, em sorrisos verdadeiros, deixei de acreditar em mim propria. tudo por causa de um idiota. agora que ja nao tens mais para estragar, que ja nao tens mais oportunidades para aproveitar, deixa me em paz. vai embora. sai do meu mundo. preciso de me livrar de ti, de uma vez.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


"nós, mulheres. nós não queremos um rapaz com um corpo definido que vá ao ginásio todos os dias, queremos sim um rapaz com coração. claro que pensamos na beleza mas a nossa definição de beleza pode ser, às vezes, diferente da vossa. queremos, acima de tudo, um amigo! alguém para assistir filmes connosco ao domingo chuvoso à tarde, queremos alguém para conversar e desabafar, alguém não só para beijar como também para abraçar. não precisamos de presentes todos os dias. gostamos de quando brincam com o nosso cabelo, é carinhoso. gostamos de quando se importam com um problema de alguém da nossa família ou de algum amigo nosso mesmo que não tenha nada a ver convosco, demonstra afecto. adoramos quando nos olham seriamente. não queremos ser tratadas como bonecas que vocês usam numa noite e deitam fora no dia seguinte. aliás, aprendam uma coisa: as meninas podem falar até de ficar por ficar, mas depois vão acabar por criar um sentimento. não as façam iludir-se se não vão querer nada delas depois. as mulheres também se divertem, precisam de estar com as amigas nem que seja para uma simples fofoca, ida às compras ou ao cinema, apenas querem falar das coisas de mulheres. temos ciúmes das vossas amigas porque somos inseguras, não é fácil ser tão segura como às vezes parecemos ser. temos medo que encontrem alguém melhor e nos troquem, já aconteceu pelo menos uma vez na vida de qualquer uma. gostamos de beijos inesperados, de quando nos apresentam aos vossos amigos e nos dizem 'é a minha namorada', gostamos que sintam ciúmes mas não exagerem, tudo o que é demais torna-se chato! é bom receber mensagens de madrugada com palavras sinceras, de preferência. quando dizemos que não precisam de nos pagar o almoço, o lanche ou o jantar, é vergonha, não se preocupem com isso. gostamos de quando tiram fotos connosco sem termos de pedir, gostamos de brincadeiras, nomes queridos e ainda mais de um beijo a meio de uma discussão, é perfeito. não devem falar da boca para fora a meio de uma discussão e muito menos arranjar outra para nos fazer ciúmes. quando não souberem o que dizer porque estamos tristes e a chorar, basta ficarem ali, ao pé de nós, abraçando-nos e sussurrando um 'eu importo-me contigo', podem ter a certeza que será o suficiente. sorriam, nós amamos sorrisos. gostamos do vosso jeito desleixado de vestir, não têm que comprar roupa nova cada vez que querem vir ter connosco. gostamos de surpresas mas nada de muito exagerado nem muito caro. uma flor, uma música, tudo isso é o suficiente para sorrirmos o resto da semana. precisamos de atenção cada vez que falamos, não nos troquem pelos vossos amigos, vamos sentir que vos estamos a perder e isso irá fazer-nos sentir mal. levem-nos a festas, é bom sair! contem-nos a vossa vida, os vossos medos, os vossos sonhos, o vosso passado, tudo isso nos interessa. deixem-nos adormecer no vosso colo e vejam filmes românticos connosco mesmo que não gostem. não queremos que digam que estamos lindas quando não estamos. queremos sim, como disse lá em cima, um amigo, então, sinceridade. gostamos de andar de mão dada, é sinal que sentem orgulho em estar ao nosso lado. e, por último, mas não menos importante: não nos conquistem se não for vossa intenção cuidar de nós."

terça-feira, 10 de janeiro de 2012


sem sono, deixo o meu pensamento divagar. e sem que eu nada faça, ele vai parar a ti. aos teus olhos penetrantes, á forma como me olhavas quando estavas prestes a beijar-me. áquele sorriso matreiro que eu tão bem conheço, ás tuas mãos a segurarem as minhas. áquela voz que me arrepiava quando me sussuravas ao ouvido que me amavas. ao teu cheiro , misturado com o cheiro a tabaco e com o meu perfume. á forma como me fazias sorrir, mesmo quando nada parecia certo, só por pores a lingua de fora e trocares os olhos. aos absurdos que dizias, ás ideias brilhantes que tinhas. aos abraços apertados que me davas quando te dizia que tinhas feito alguma coisa errada. e, sem perceber, o meu pensamento vai parar a nós. ao que éramos, ao que podiamos ter sido. ao que nunca vamos ser. e agarro me com força aos cobertores, para nao sentir o vazio que tu deixaste. sinto um arrepio a invadir o meu corpo. e fecho os olhos, deixando as memórias invadirem-me. e assim, proxima de nós, desisto da realidade, e deixo-me adormecer.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


podes me culpar, se quiseres, eu nao me importo. podes dizer que eu é que nao fiz um esforço, podes dizer que eu nao te dei espaço suficiente. podes atirar me á cara que te devia ter tratado melhor quando discutiamos , que te devia ter pedido desculpas quando tu nao tinhas razao. podes dizer que eu falhei, que eu nao me devia ter preocupado contigo , que eu nao te devia ter mandado uma mensagem quando senti saudades tuas, que eu nao devia ter dito aquela palavra consagrada no final daquele telefonema. poe a culpa toda em mim, de nós nao termos dado certo. eu nao me importo. assim eu posso-te pedir desculpa, implorar que me perdoes todos os meus erros infantis e que me des outra oportunidade, se eu prometer que nao os volto a cometer. e podemos tentar de novo, sem que eu erre , e podemos dar certo. podemos pelo menos tentar. é que nunca pensei sentir tanto a tua falta, a falta do teu toque, do teu cheiro , da tua voz, dos teus lábios. nao consigo estar sem ti, já nao sou eu. por isso, culpa-me, para que eu possa tentar ser feliz de novo.

e assim se acabou a nossa história. sem mais nem menos. todos os rascunhos, os poemas, os capitulos que nos traduziam, foram-se. todos os olhares mal interpretados, todos os sentimentos escritos entre-linhas, todos os sorrisos que nao passavam de paragrafos. e agora so me resta atirar o nosso livro á fogueira , e ver as nossas paginas queimar , para nao ter a tentaçao de te ler de novo.