sábado, 20 de agosto de 2011


há muito tempo que nao me sentia assim. sem pesos na consciencia, sem nenhuma lagrima escondida, com vontade de estar sempre a sorrir. há muito tempo que nao estava assim, genuinamente feliz. e demorei algo tempo a perceber o porque de esta sensação estar tao distante na minha memoria. mas, depois de esclarecer as minhas ideias, atingi. estou feliz, porque tu ja nao fazes parte dos meus pensamentos. ja te esqueci, de uma vez por todas. e agora, sim, sou eu de novo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011


hoje olhei para ti, de novo, depois de tanto tempo. e nada. nao senti aquele calor na barriga que sentia sempre que via os teus olhos. nao senti um arrepio por ver a tua boca. nao senti absolutamente nada. só nostalgia dos momentos que passamos. agora percebi , que tu já não me és mais do que passado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011


olho á minha volta. toda a gente me parece igual, toda a gente me parece perfeita. e eu destaco me da multidão. não sei como encaixar no molde. e tento modificar me. tento ser igual ao resto, ser outra pessoa. mas de nada vale tentar, porque eu vou continuar a ser eu. e não ha nada que possa fazer quanto a isso. e a unica coisa que me permite aguentar ser unica, és tu. porque tu viste quem eu, realmente, era. e amaste-me, mesmo sem eu me amar a mim própria.

mais um sorriso. mais uma gargalhada. e, aos poucos, vais enchendo o meu coração de felicidade. mais uma mensagem, mais um olhar. e eu acredito no que dizes sentir por mim. mais um beijo. e eu finalmente sei que faz sentido estarmos juntos. até que a unica coisa que me consegues causar é dor. e percebo que me estiveste a mentir este tempo todo. não , percebo que andaste a mentir a ti próprio, porque nao acredito que sejas assim tão bom actor.

sábado, 6 de agosto de 2011


depois de tantos, mais um shot. e a dor continua lá. e mais um cigarro. mas já nao faz efeito, a dor continua lá. vou para casa, ja sem conseguir andar direito, e a dor continua lá. não vale a pena tentar mais, porque da forma que tu me magoaste, nada consegue remediar. mas vou continuando as minhas noites assim , a tentar fugir de mim própria.

desjo te tudo de bom no resto da tua vida, e desejo que sejas verdadeiramente feliz. mas desejava que nunca tivesses olhado para mim daquela forma, que nunca me tivesses mandado aquela mensagem, que nunca me tivesses dito aquela palavra. ás vezes desejava nunca te ter conhecido, nunca ter estado naquele sitio áquela hora. é que eu não choro por ter acabado, mas também nao consigo sorrir por ter acontecido.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"And it's so hard to do and so easy to say.
But sometimes - sometimes,
you just have to walk away - walk away. " - Walk Away, Ben Harper

quinta-feira, 4 de agosto de 2011


vejo a tua cara em todo o lado. mesmo sabendo que não estás lá, continuo a ver-te sempre que olho para alguém. não gosto nada da sensação. e não é nada justo. é que foste tu que me deixaste, mas eu é que não me consigo ver livre de ti.

"I'll drink what you leak
And I'll smoke what you sigh" - My Medicine

mostra-me o mundo. mostra-me as cores que sempre me pareceram cinzentas. mostra-me a luz que para mim sempre se escondeu na escuridao. mostra-me como o amor pode combater o ódio que sempre me invadiu. mostra-me a felicidade que sempre foi afogada pelas minhas lagrimas. mostra-me como a vida pode ser fantastica, só por te ter ao meu lado. nem que seja por uma noite.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011


estava sentada no café do costume, com as amigas do costume, com a coca-cola, o café e o cigarro do costume. entraste tu, o teu amigo, e a minha amiga, e ela apresentou-nos. sorriste para mim, e eu sorri de volta. sentaste-te ao meu lado, nao sei se por acaso ou nao, e começamos a falar. falaste-me sobre ti, e eu falei-te sobre mim. disseste uma piada, e apesar de não ter graça nenhuma, nao consegui evitar, e ri-me. contaste-me as tuas aventuras, eu contei-te os meus sonhos. quando ambos nos calamos, o silnecio nao foi estranho, porque ja ambos sabiamos que nao precisavamos de palavras. olhaste-me nos olhos, e voltas-te a sorrir para mim. quando nessa tarde te foste embora, nós os dois já sabiamos que ias voltar. e voltas-te. é estranho, como alguém que acabaste de conhecer, consegue ver tão bem através de ti, e se torna tão importante, assim, de um momento para o outro.

dizem que os olhos são as janelas da alma. e eu agora acredito. porque sempre que te olho nos olhos, consigo ver aquela chama que me aquecia quando me beijavas. o problema é que a chama que vejo agora é um fogo que quase te queima vivo, todos os dias. não sei se é de arrependimento, culpa, raiva, ou ódio, mas ainda consigo ver uma faísca de amor nos teus olhos. mas tem cuidado, olha que quem brinca com o fogo, queima-se.

terça-feira, 2 de agosto de 2011


toda a gente tem amigos. pelo menos toda a gente pensa que sim. mas nem toda a gente te conhece. nem toda a gente te tem presente na sua vida. tu, tu és aquela pessoa que eu sei que me conhece melhor do que a mim própria. não, nós nao falamos todos os dias, nao passamos todos os minutos a mandar mensagens um ao outro, e até podemos ficar semanas sem nos vermos. mas contigo, eu sei que nem que passem anos, quando voltarmos a falar, tu vais me conhecer tao bem quanto me conheces agora. és a unica pessoa que me põe a sorrir quando tudo o que me apetece fazer é chorar. és a unica pessoa que me consegue deixar completamente furiosa num minuto, mas no minuto seguinte, quando me abraças, eu nao consigo ficar mais chateada.
eu posso nao ter a vida perfeita e nao ser (nem de perto) perfeita, mas sou feliz. nem que seja só por te ter comigo. adoro-te.
A

a cidade estava deserta. da varanda do meu apartamento, ás cinco e meia da manhã, eu só via vestigios do dia confuso que tinha passado. nesse silencio, eu pus-me a imaginar onde tu estarias naquele momento. com quem estarias, se estarias a sorrir ou simplesmente aborrecido. sabia que a dormir nao estavas de certeza, tu nunca tiveste o sono (ou o cérebro) regulado. depois pus-me a pensar no que estaria a sentir se ainda estivessemos juntos. eu, sem nunca saber de ti, sem nunca saber de nada. respirei fundo para aliviar aquele peso no coração, fechei os olhos e chorei uma lagrima imaginaria, porque das verdadeiras, ja deixei de chorar á muito tempo.

ao pousar a mão no chao, senti o frio da relva. aquele jardim era tao bonito. tu fechaste ainda mais o teu abraço, e eu aproximei me ainda mais de ti. estavamos ali sentados, com aquele cenário de filme á nossa volta, e eu olhava para ti. perguntava a mim mesma como era possivel alguem ser tao perfeito. e tu nao acreditavas quando te dizia que os teus olhos eram os mais bonitos que eu alguma vez tinha visto. tu passavas me a mao no cabelo , a sorrir. ali, contigo, sentia-me segura, sentia-me eu.
e, mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tantos lugares e de tanta gente, tu continuas a ser tu, e eu continuo a sentir o teu perfume sempre que passo por aquele jardim.